“Mr. Sunset” revela lado obscuro de Jeff Hakman

“Mr. Sunset” revela lado obscuro de Jeff Hakman

Mr. Sunset é a biografia do surfista americano Jeff Hakman escrita pelo jornalista australiano Phil Jarratt – que conta tudo sobre o primeiro Pipeline Master da história, desde o domínio do surf no início dos anos 70, até a liderança da gigante marca Quiksilver e a queda com o vício em heroína.

Autor de vários livros e ex editor do Jornal Tracks, Phil Jarrat foi nomeado um dos 50 surfistas mais influentes da Austrália, ganhou o prêmio de cultura da “Surfing Australia” por três vezes. E é o criador do “Noosa Festival of Surfing”, um dos maiores eventos da cultura surf da atualidade.

Mr. Sunset tem 194 páginas e conta a história da vida de Jeff Hakman desde sua infância na Califórnia, onde começou a surfar com seu pai, na década de 50. E continua através dos anos 60, quando os Hakman foram morar no Havai.

O livro mostra a ascensão de Jeff como um dos principais surfistas de sua geração: No início da década de 70 o menino prodígio do North Shore de Oahu já era considerado o melhor surfista de ondas grandes do mundo.

SUNSET BEACH X VÍCIO EM HEROÍNA

O livro revela a relação de Jeff com as ondas de Sunset Beach – razão pela qual ficou conhecido como Mr. Sunset – seu envolvimento com o lendário shaper Dick Brewer, suas vitórias nos principais campeonatos disputados na década de 70 e os bastidores do estabelecimento da Quiksilver – em especial nos EUA e na Europa – como uma principais marcas de surf da história.

Mas Mr. Sunset não é uma biografia “chapa branca”, daquelas que mostra apenas as virtudes e as conquistas de seu protagonista. Muito pelo contrário. O livro revela o lado mais obscuro da personalidade e da trajetória de Jeff Hakman. Seu envolvimento com as drogas, em especial seu vício pela heroína, e os altos e baixos da vida de um dos surfistas mais influentes da história. Tanto dentro como fora d’água.

JEFF HAKMAN: O PRIMEIRO PIPELINE MASTERS DA HISTÓRIA

Assista ao vídeo de 1965, quando tinha apenas 17 anos, Jeff venceu o primeiro “Duke Kahanamoku Invitational Surfing Championship ”. Mas foi durante a primeira metade da década de 1970, que nenhum outro surfista obteve mais sucesso como competidor.

Em 1971 Jeff foi o campeão do primeiro “Pipeline Masters”, e venceu pela segunda vez o “Duke Kahanamoku Invitational”. No ano seguinte tornou-se tricampeão  do “Duke” que, na época, era considerado o campeonato de surf mais importante do mundo.

Em 1972  venceu o “Gunston 500”, na África do Sul.  Foi bicampeão (1973 e 74) do “Hang Ten International” e em 1974 ficou em segundo lugar – atrás de Reno Abelira – no “Smirnoff”, em Waimea, até hoje considerado o campeonato disputado com as maiores ondas da história. Assista ao vídeo

Em 1976, quando tinha 26 anos, tornou-se o primeiro surfista não australiano a vencer o “Bells Beach Pro”. Se em 1974 e 1975 houvesse um circuito profissional, Jeff Hakman teria sido campeão do mundo por dois anos seguidos. Porém, o Circuito Mundial só começou a ser disputado em 1976, quando ele estava parando de competir profissionalmente.

ENTRE AS LOUCURAS DE UM GÊNIO: QUIKSILVER

A partir de 1976 Jeff se retirou das competições e foi um dos pioneiros da indústria do surf, responsável pelo crescimento da Quiksilver como uma das principais marcas do mercado internacional.

Neste mesmo ano de 1976, junto com seu amigo Bob McKnight, Jeff convenceu Alan Green, fundador da Quiksilver – então uma pequena empresa de surf de Torquay, Austrália – a conceder-lhes os direitos de comercializar a marca na América. O resto é história…

Dizem que todos os gênios são loucos. E Jeff Hakman não é exceção. “Mr. Sunset” vai fundo e revela a genialidade e a loucura de um dos mais importantes surfistas da história do surfe moderno.

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