O artista uruguaio Eduardo Bolioli tem grande parte de sua obra de vida nas ilhas havaianas. Nos final dos anos 70, ele se formou em artes na renomada School of Visual Arts de Nova York, EUA. E aficionado pelo surf, partiu para Oahu para retratar em desenho a sua obsessão pelo “sentimento do surf”.
Depois de uma passagem pela Suíça, onde praticava skateboard, e logo após chegar no Hawaii no anos 80, Bolioli começou a pintar pranchas de surf para campeões mundiais que vieram a se tornar legends do esporte. Nomes como Shaun Tomson, Martin Potter e Sunny Garcia, convidaram o artista uruguaio como ilustrador, que teve a oportunidade de fazer caricaturas desses e outros ídolos, como Mark Foo.
O trabalho foi evoluindo. E principalmente pelas pranchas, os desenhos com canetas Posca forma tomando cada vez mais o gosto do artista.
A SENSAÇÃO DE SURFAR EM FORMATO DE ARTE
Com a conquista da fama nas ondas de Pipeline, Bolioli tornou-se diretor de arte da Blue Hawaii Surf, fábrica e loja de pranchas em Honolulu. E, paralelamente, projetava e criava para marcas como Quiksilver, Gotcha e Billabong.
Em recente entrevista ao podcast do site DUKE, Eduardo Bolioli declarou qual foi o elo para suas inspirações sobre o surf, no início de carreira.
“Todo mundo estava pintando ondas com um surfista … Eu não quero pintar uma onda, o que eu quero pintar é a sensação de surfar”.
A RELAÇÃO COM A MÚSICA E COM A VODKA
Durante esse período, ele também desenhou pôsteres de shows para grandes nomes da música como Miles Davis, Aerosmith e UB40. E criou animações para o tradicional canal de música VH1.
Com as criações ganhando escala, a Absolut Vodka escolheu Bolioli para ser o artista da marca no Hawai, isso em 1991, colocando-o como responsável pela arte da garrafa da Absolut Hawai’i.
A campanha publicitária foi tão impactante que o desenho do Eduardo foi publicada nas mídia Newsweek, Time Magazine e USA Today. O sucesso foi tão grande, que a Absolut aproveitou o destaque para lançar uma edição limitada de garrafas.
O sucesso foi tão grande, que a Absolut o convidou para fazer todo o desenho da empresa na sua terra natal, o “forçando” a voltar ao Uruguai.
PRÊMIOS INTERNACIONAIS E RECONHECIMENTO DA OBRA
Bolioli ganhou vários prêmios, incluindo o Aloha da Hacer Society em 1992, a Bienal de Mosca no Uruguai em 1995, e o Les Embiez, na França. Em 2002 recebeu em Montevidéu a medalha de Ouro por sua contribuição às artes. E as suas pinturas fazem parte do Museu Absolut na Suécia.
Ao longo dos anos, ele fez exposições individuais e coletivas em Nova York, Los Angeles, Seattle, São Francisco, Nova Jersey e Miami nos Estados Unidos. Em Honolulu e Kona, no Havaí. Tóquio, no Japão. Escócia e no Reino Unido, na Europa. Em Caracas, Lima, Bogotá, Quito, Colômbia e Equador. E por todo o Uruguai.
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