Medalha no Surf foi a mais barata das Olimpíadas

Medalha no Surf foi a mais barata das Olimpíadas

O primeiro ouro do Brasil nas Olimpíadas veio do Surf, um esporte estreante que consagrou o surfista Ítalo Ferreira como uns dos melhores de todos os tempos. Contudo, essa foi a medalha mais “barata” das Olimpíadas na questão de investimento público, de acordo com levantamento feito pelo blogueiro Rodrigo Mattos, do site UOL.

O cálculo foi baseado nos investimentos feitos em cada modalidade no último ciclo olímpico com dinheiro da Lei Agnelo Piva, que destina um percentual dos recursos da loteria para o Comitê Olímpico Brasileiro, que então distribui para as confederações esportivas de acordo com resultados e gestão de cada modalidade.

O Brasil conquistou um total de 21 medalhas nos jogos de Tóquio 2020, obtidas em 12 modalidades. Dessas, quem menos recebeu recurso foi o Surf, com um total de R$ 2,7 milhões em três anos de ciclo olímpico, pois a confederação só passou a ter repasses de valores em 2018.

Em comparação, o Skate, que também fez sua estreia nos Jogos Olímpicos, recebeu cerca de R$ 9,2 milhões, também em três anos, ficando atrás apenas do Vôlei feminino que ganhou medalha de prata.

Surfista Ítalo Ferreira mostra medalha do primeiro ouro Olímpico na história do Surf / Crédito: Marcelo Maragni (Foto Divulgação / Folha Press)

BOOM DAS OLIMPÍADAS: SURF E SKATE

Atletas do Surf e Skate já costumam se bancar com recursos próprios, com premiações de competições e patrocínios. Por isso, até então, dependem menos dos repasses de dinheiro público da Lei Agnelo Piva.

De acordo com matéria publicada na EXAME, informações do Instituto Brasileiro de Surf (IBRASURF) apontam que o mercado do surf movimenta cerca de R$ 7 bilhões ao ano. Agora com a visibilidade das Olimpíadas e a conquista do ouro, o esporte tem grande potencial de crescimento na questão investimento privado.

Não é de hoje, que marcas que não são ligadas diretamente ao surf começam ver o esporte como uma oportunidade de negócio. Gabriel Medina rompeu essa barreira desde de seu primeiro título mundial em 2014, o primeiro de um brasileiro no Tour, e é um case de sucesso entre os maiores esportistas do Brasil e do mundo.

Agora o surf é realidade olímpica. No Brasil, sabemos que a responsabilidade é como fênix, que surge de locais mais improváveis traduzidos em fenômenos do esporte como Ítalo Ferreira. A torcida agora é para que o brilho da medalha de ouro traga nova luz ao surf nacional.

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