Mar vermelho de sangue no Oceano

Mar vermelho de sangue no Oceano

A Netflix acaba de lançar o seu mais novo documentário, “Seaspiracy: Mar Vermelho”, que faz fortes denúncias à indústria da pesca com base no jornalismo raiz e imagens chocantes.

Como muito bem escreveu o crítico Fábio Rossini, do site Cinema com Rapadura; “em 2013, o documentário “Blackfish” da CNN filmes colocou uma lupa na crueldade praticada pelos funcionários do Sea World”, que expôs a crueldade da captura e os cativeiros de tortura sobre a reprodução e adestramento de baleias orcas para os shows do parque aquático.

Oito anos depois, a caça às baleias e golfinhos continuam em diversas partes do mundo – de maneira desenfreada. Em “Seaspiracy: Mar Vermelho”, o diretor Ali Tabrizi tenta descobrir quem financia esse tipo de atrocidade, chegando a uma impressionante rede de corrupção global que sustenta a pesca marítima.

O longa-metragem começa com um olhar romântico do diretor sobre a intensidade do mar, até ser impactado com a quantidade de plástico jogado na natureza – traduzida hoje em 150 milhões de toneladas flutuantes no Oceano.

IMAGENS CHOCANTES DE ASSASSINATO DE MAMÍFEROS MARINHOS

A narrativa faz uma mea-culpa ao aceitar ser parte do todo. Mas ao saber que o Japão iria retomar a caça comercial de baleias na Antártida, apesar da proibição mundial, Ali Tabrizi decide viajar até Taiji, região em que criminosos atraem os animais para o abate no litoral, iniciando assim uma série de descobertas sobre a pesca ilegal.

De acordo com o governo japonês, entre 2000 e 2015, golfinhos capturados eram mortos, mesmo não sendo atrativos ao mercado para carne branca. Os pescadores matam os animais apenas para controle de pragas, tratando os mamíferos como concorrentes por comerem muitos peixes.

No filme de Ali Trabizi, as fontes são apresentadas de forma transparente com dezenas de pessoas entrevistadas em diversos países, como Libéria, Escócia, Inglaterra, Tailândia e Ilhas Faroé.

O crítico Fábio Rossini finaliza a sua crítica escrevendo:

“Embora seja complexo o trabalho de apuração e as denúncias terem sido feitas, este processo é apenas uma gota de decência em um oceano de corrupção.”

Em “Seaspiracy: Mar Vermelho”, o diretor não força ninguém a ter a mesma opinião que ele, mas pede licença para apresentar uma solução para quem estiver aberto para aprender mais sobre o tema. Nunca é tarde para abrir os olhos e criar um senso de coletividade.

Para acompanhar as ações do projeto, acesse: www.seaspiracy.org

ASSISTA ABAIXO O TRAILER “SEASPIRACY: MAR VERMELHO”

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