Democratizar a prática do surfe, promover inclusão social e gerar experiências transformadoras para crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. – É assim que o Ministério da Cidadania abre o artigo publicado no site Gov.br do Governo Federal, para anunciar a realização do Projeto “Surf e Praia Para Todos”.
A tríade que reúne inclusão social, iniciação esportiva e experiência resume as prioridades do projeto “Surf e Praia Para Todos”, mais uma parceria na vertente do “esporte de participação” estabelecida com a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
As atividades serão sempre aos fins de semana, em turmas de 20 alunos, com uma hora de duração. O público é o mais amplo possível. Desde crianças a partir de cinco anos até idosos. A estimativa é beneficiar moradores dos municípios de Ilha Comprida, Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Cananéia, Praia Grande, Santos, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Guarujá e Ubatuba.
O convênio com o Governo Federal pretende envolver até 36 mil pessoas com aulas gratuitas de surfe em 12 municípios do litoral paulista. O período de vigência do contrato é de 12 meses de duração, com um período prévio de organização e ajustes antes do início das atividades. O repasse previsto é de R$ 1,9 milhão.
TRANSFORMAR VIDAS SOBRE PRANCHAS
De acordo com o publisher da ALMA SURF Romeu Andreatta Filho, idealizador e coordenador do “Surf e Praia Para Todos”, a ideia é utilizar a cadeia produtiva do surfe para realização do projeto, já disseminada em vários municípios, para que as aulas sejam ministradas por profissionais de qualidade ligados ao ambiente da modalidade.
“O surfe tem uma capilaridade sedimentada. Procuramos priorizar a relação com federações, associações das próprias praias e entidades parceiras. É uma maneira de compartilhar energia e de abastecer o segmento com recursos”, declarou Romeu à diretoria de comunicação do Ministério de Cidadania.
“Nosso olhar é o de proporcionar acesso amplo e democrático. Buscar quem nunca subiu numa prancha, que não sabe qual é essa sensação. A modalidade tem tradição de investimento na ponta. Nosso olhar é para o outro lado”, Romeu Andreatta Filho, coordenador do projeto.
SURF PARA ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA
Na opinião da Secretária Nacional de Educação, Lazer e Inclusão Social, ter a oportunidade de aprender o esporte com pessoas capacitadas é sempre um estímulo a mais.
“Quando há um profissional qualificado, um direcionamento, aprender se torna mais fácil. É uma motivação a mais ter um professor te ensinando. Há muita gente interessada em surfar e que nunca teve oportunidade. Eu mesma, por mais que tenha convivido muito no litoral, nunca tive essa chance de aprender a surfar”, comentou Fabiola Molina, que representou o Brasil em três edições de Jogos Olímpicos como atleta da natação.
Quando há um profissional qualificado, um direcionamento, aprender se torna mais fácil. É uma motivação a mais ter um professor te ensinando. Há muita gente interessada em surfar e que nunca teve oportunidade”, Fabíola Molina, secretária nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social
Segundo Romeu Andreatta, o projeto tem importância estratégica nesse período de pandemia do novo coronavírus, em que a economia específica do setor teve grande impacto.
“Tem sido um período bem difícil, em que exercitamos a solidariedade e a irmandade no segmento. Por isso, este é um projeto muito esperado. Você pode imaginar as dificuldades que tivemos sem poder fazer eventos, sem público para as aulas. Todos ficaram asfixiados financeiramente”, afirma Romeu.
“Além de tomarmos todas as precauções de prevenção à pandemia, apostamos na dinâmica da vacinação para tocarmos o projeto em sua plenitude”, conclui o coordenador do projeto.
Dentro desse contexto, estão previstas parcerias com secretarias de educação estaduais e municipais para fazer com que as oportunidades cheguem a estudantes da rede pública de ensino. “Nosso olhar é o de proporcionar acesso amplo e democrático. Buscar quem nunca subiu numa prancha, que não sabe qual é essa sensação. A modalidade tem tradição de investimento na ponta. Nosso olhar é para o outro lado”, comentou Andreatta, que há mais de dez anos desenvolve ações similares que representam mais de 15 mil atendimentos a cerca de 50 mil pessoas.
A acessibilidade é outro ponto previsto. Com metodologia já consolidada a partir de parcerias com universidades, a ideia é abrir o projeto também a pessoas com deficiência, em especial deficientes visuais e com necessidades motoras, com pranchas especiais que permitem aos alunos terem todas as sensações envolvidas no “pegar uma onda”.
No âmbito do alto rendimento, o surfe vive momento especial. O esporte vai estrear no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, este ano, no Japão. O Brasil tem ótimas chances, tanto de medalha quanto de título, em especial no masculino. A equipe é composta por Gabriel Medina, bicampeão mundial (2014 e 2018) do circuito profissional, e por Ítalo Ferreira, campeão mundial em 2019. No feminino, as representantes nacionais serão Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb.
PARCERIAS EM SÉRIE DO MINISTÉRIO DA CIDADANIA
O convênio do Governo Federal com o “Surf e Praia Para Todos” é apenas uma das múltiplas parcerias firmadas pela SNELIS do Ministério da Cidadania na atual gestão. Em 2020, a área assinou 181 convênios e Termos de Fomento com estados, prefeituras e organizações civis. O empenho é superior a R$ 88 milhões, e a expectativa é de beneficiar 500 mil pessoas.
Paralelamente, a SNELIS firmou 28 Termos de Execução Descentralizada com universidades e institutos federais, com investimento de R$ 44 milhões e expectativa de 45 mil atendimentos.
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