Tudo começou em 2004, com a “I Mostra Internacional de Arte e Cultura Surf”, no concorrido Pavilhão da Bienal do Ibirapuera em São Paulo. Inovador, o evento ganhou corpo e o reconhecimento do público e da mídia. E muito prestigiado em suas ações, com o passar dos anos, se tornou no “Maior evento de cultura surf do mundo”.
O movimento criado pelo publisher da ALMA SURF Romeu Andreatta – um dos maiores fomentadores de surf e cultura de praia do Brasil –, tinha como proposta inicial reunir a nata da chamada surf art no Brasil.
A equação se dava por meio de obras de artes e fotografias, seus criadores e personas do mundo do surf, somados aos legítimos representantes da Beach Culture. No contexto, lugar cativo para os artistas brasileiros, em espaço nobre para os já consagrados e amplitude para revelações.
A Mostra Internacional de Arte e Cultura Surf materializava a vontade de inspirar mais e mais pessoas com o surf e os boardsports. Tratar a nobreza do life style como cultura e levar as pessoas para dentro d’água salgada
Do Pavilhão da Bienal, o evento seguiu para o MIS – Museu da Imagem e do Som, na badalada Avenida Europa, localizada em bairro nobre de São Paulo. Naquele ambiente permaneceu por duas edições e solidificou a exposição de artes. Inaugurou o importante Festival de Cinema, e elevou a Mostra como um evento internacional, fazendo jus ao próprio nome do evento, e trouxe definitivamente a música para cena.
UM SHOW DOS DEUSES NA NATUREZA
Foi no charmoso palco do anfiteatro do MIS, que a Mostra fez história com uma apresentação absolutamente “unpluged” do músico californiano Matt Costa.
Como um aviso do Deuses, uma tempestade tropical derrubou a energia local bem na hora do show, inutilizando qualquer conexão com os cabos dos instrumentos e microfones. E sem nem mesmo ter luz, a não ser pelo brilho de um refletor de um fotógrafo ligado a uma bateria portátil, as boas vibrações trouxeram a bonança.
Matt Costa subiu ao palco estalando os dedos – sem palmas para não abafar a música –, tocando as primeiras notas em seu violão acústico, que aos poucos foi aconchegando a sua voz aveludada, para dar luz as suas letras melódicas. Com o peculiar ritmo folk californiano, Matt Costa emanou uma onda fraterna que levou o público ao delírio.
Um show para a história, que ditaria o rumos da Mostra, criando um corpo único com a fusão de cinema, artes e música, personas e público – que é hoje o FESTIVALMA.
LEGENDS DO SURF NO BRASIL
O publisher Romeu Andreatta e o curador Rosaldo Cavalcanti estabeleceram uma grande conexão mundial, trazendo importante nomes do mundo do surf para o Brasil. Aliás, vale destacar a participação ativa de Rosaldo nessa construção, colocando toda a sua credibilidade na proposta da Mostra.
A curadoria nacional foi ampliada pelo editor Adriano Vasconcellos, que revelou muitos artistas brasileiros e disponibilizou espaços e painéis para instalações complexas. Também em par com o olhar detalhista do manager Felipe Baracchini, que trouxe dinâmica a produção.
E partir das primeiras edições, muita gente procurou o evento para participar. A comunidade estrangeira percebeu o potencial do Brasil como um grande e próspero polo na cena do surf.
A ALMA SURF cristalizou a vinda de estrangeiros para o Brasil. Legends emblemáticos da história do surf e do skate desembarcaram no novo movimento brasileiro. Os encontros anuais ficaram disputados e a grande mídia ampliou foco sobre o evento.
Nomes como Derek Hynd, Art Brewer, Mark Sutherland, Craig Stecyk, Mike Salisbury, Jamie Brisick e Ben Marcus vieram para o Brasil. O editor-chefe da SURFER, Ricky Irons, também esteve presente quando o festival foi para a OCA do Ibirapuera e saiu em turnê pelo Rio de Janeiro e Florianópolis.
FOI RICKY IRONS QUE PUBLICOU NA LENDÁRIA REVISTA SURFER:
“O FESTIVALMA É O MAIOR EVENTO DE CULTURA SURF DO MUNDO”.
A bordo do Festivalma, Ricky Irons viveu uma jornada histórica, junto das bandas e músicos Donavon Frankenreiter, A.L.O. e Zack Gil, G-Love e Matt Costa.
Entre os artistas, convidados e pensadores, formavam o grupo Keiko Beatie – que se tornou uma personagem do Festivalma –, o australiano Sunny Abberton dos Bra Boys, o fotógrafo Sean Davey, o artista Jay Alders e a francesa Celine Chat. Todos eles uniram-se aos brasileiros em um só corpo. E definitivamente, o FESTIVALMA era percebido em todo o Brasil e transcendeu para o mundo.
O SURF COMO PATRIMÔNIO NACIONAL
Na série de edições da Mostra de Arte e Cultura Surf, que voltou para o Ibirapuera tomando novos andares do Pavilhão da Bienal, o skate sempre se fez presente. Pistas muito bem desenhadas trouxeram uma legião de skatistas e seus criadores, grafiteiros, fotógrafos e artistas segmentados.
Curadorias temáticas também se fizeram presentes, muitas delas assinadas pelo historiador Reinaldo Andraus, com a toda história do surf brasileiro, verdadeiros patrimônios da cultura brasileira.
O nascimento do surf na cidade de Santos nos anos 30. O surgimento de um novo estilo de vida no Rio de Janeiro nos anos 60. A Bossa Nova, o Cinema Novo e o Píer de Ipanema nos anos 70. Seguidos de 4 décadas de acontecimentos intrínsecos aos costumes do brasileiro.
A Árvore Genealógica dos Shapers! Instalações diversas! O surf como moda! Os carros do Surf! Coleções de pranchas! Projeções! Minis festivais! Muita coisa boa rolou na Mostra Interacional de Arte e Cultura Surf.
Todo esse movimento proposto pela ALMA SURF contribuiu para levar o Surf às Olimpíadas, criar Campeões Mundiais, projetar os recordistas nas Ondas Grandes, a impulsionar o surf feminino.
A ALMA SURF projeta ainda mais dinâmica de 2021 pra frente. Agora, a nossa missão como mídia produtora de comunicação integrada, é construir legados para o surf como patrimônio cultural e do esporte brasileiro.
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