Os anos 70 foram marcados na história do mundo como o apogeu da era Hippie. As fashionistas do skate representavam uma pequena parcela de jovens, que espalhados ao redor do globo pediam o fim das guerras, mais amor e liberdade para todos.
Entre graus e importâncias, as fashionistas do skate marcaram época, pois tiveram um lugar especial no período, realizando contracultura com muita atitude unindo esporte e moda, gerando um movimento que influenciou famosos estilistas dos anos 70.
O pico do movimento hippie foi o festival de “Woodstock”, realizado em 1969 dentro de uma fazenda enlameada encrustada na cidade de Bethel, situada cerca de 129 quilômetros ao norte de Nova York. O encontro único contou com um público aproximado de 400 mil pessoas, todas unidas no clima de positividade universal e representadas no palco por grandes nomes da música dos anos 60; artistas como Jimi Hendrix, Joe Coker, Greatful Dead, The Who e Janis Joplin.
A melodia sonora daqueles tempos tornava o skate cada vez mais popular na Califórnia, com grandes figuras despontando na cena. Entre as mulheres, acontecia uma verdadeira ebulição cultural. Patti McGee, Ellen O’Neal e Laura Thornhill exibiam muita classe e estilo sobre o skate. Elas comportavam a espontaneidade da ousadia que marcou o esporte e o mundo para sempre.
MULHERES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO SKATE
Patti McGee foi uma das principais skatistas de sua geração. Precursora, ela influenciou muitas mulheres a buscar o skate como estilo de vida e como prática esportiva.
Fashionista legítima, sabia mesclar como ninguém a atitude do skate com o improviso da moda dos anos 70. Ela foi a vencedora do primeiro Campeonato Nacional Feminino de Skate nos Estados Unidos. E comporta a honraria de ser a primeira mulher a entrar para o Hall da Fama do esporte.
Ellen O’Neal é conhecida como a madrinha do Skate. É apontada como uma das skatistas responsáveis por popularizar o esporte nos anos 70. Cheia de estilo, carismática e com tino para fotografia, Ellen fechou patrocínios com marcas que ascendiam na cena, tal como a Vans, que pregava atitude e crescia vertiginosamente entre os jovens mesclando surf e skate.
A skatista realizou participação notável o filme “Skateboard – The Movie” de 1978, no papel da personagem Jenny Bradshaw, que contracenava com Leif Garret e Tony Alva. Ela também inspirou muitas mulheres quando participou da série “As Aventuras da Mulher – Maravilha”, episódio de 1979.
Os longos cabelos loiros e os calções curtos transcenderam épocas e a eternizaram como uma das skatistas mais sexys de todos os tempos. Ellen O’Neil faleceu em 2020 aos 61 anos de idade. O historiador Warren Bolster declarou em seu livro:
“Ellen O’neil inventou as suas próprias variações com muitas manobras e adicionou graça, estilo e postura ao circuito”.
Laura Thornhill foi a primeira skatista profissional a possuir um modelo próprio de skate – o que significou muito para as mulheres na época, que buscavam a sua merecida posição na sociedade por meio do ativismo político.
Figura obrigatória nos filmes, Laura era destemida sobre o skate, uma das poucas a se arriscar em diferentes picos como piscinas, vertical park e full pipes. Laura acendeu um estopim que puxou as meninas para o movimento overall. Um caminho sem volta.
SKATEBOARDING HALL OF FAME E DROP NO VERT
Peggy Oki era surfista, pintora e ativista ambiental, parte feminina dos lendários Z-Boys. Ela recebeu prêmio no Skateboarding Hall Of Fame em 2012 e foi a única mulher a fazer parte da lendária equipe Zephyr Team.
Kim Cespedes era local de San Diego e membro das lendárias equipes Hobie e Tracker, considerada uma das skatistas mais radicais da década de 70. Em 1977, tornou-se Campeã Mundial na categoria ”Women’s Giant Slalom” no Campeonato Mundial de Carlsbad, televisionado pela ABC.
Foi uma das primeiras mulheres dropar na vert. E atualmente ainda surfa e anda de skate. Referência de estilo de vida skateboard.
ÉPOCA DE OURO DO SKATEBOARD: ELLEN O’NEIL
Assista o vídeo que é um retrato de uma época de ouro do skate e parte da coleção “Skateboarding and the City: a Complete History”, com as performances de Ellen O’Neal como Jenny Bradshaw. A direção é de George Gage, em 1977.
Fonte inspiração: Coldskateboard, artigo de Stephanie Vitoria.
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