“Gêmeos” remam do Alasca ao México de Paddleboard

“Gêmeos” remam do Alasca ao México de Paddleboard

Nascidos a cerca de três minutos do oceano, Ryan e Casey Higginbotham são gêmeos idênticos. Cresceram em uma cidadezinha ao sul de São Francisco, e tiveram uma infância pegando as ondas da Califórnia até o por do sol. No mar surgiu uma outra paixão, a remada de paddleboard.

Durante toda a vida, os gêmeos tiveram um no outro o parceiro de treino perfeito. Uma cópia jovem e saudável com energia de sobra para encarar qualquer aventura. E foi isso que fez com que Ryan e Casey passassem suas vidas se desafiando, levando-os a realizar coisas impensáveis. Casey explica que essa “disputa” começou desde muito cedo. “Nosso pai nos incentivava a fazer competições de flexão quando éramos pequenos”, diz ele. “O vencedor receberia um tapinha nas costas.”

Ao crescer, a dupla se destacou coletivamente no beisebol, polo aquático, ginástica, caratê, luta livre, natação, Muay Thai, surf e praticamente em todos os outros esportes outdoor.

SALVA-VIDAS REMARAM DO ALASCA AO MÉXICO

No verão de 2015, logo após se formarem na faculdade, Casey e Ryan decidiram realmente se colocar à prova praticando paddleboarding e traçaram uma viagem do Alasca ao México, uma remada de cerca de 3.200 km (2.300 milhas).

Ambos trabalharam como salva-vidas e surfaram durante toda a vida, então o paddleboarding – remada deitado na prancha – parecia a coisa mais natural a se tentar. Eles sentiram uma necessidade urgente de se desafiarem além de suas habilidades físicas.

“Senti que havia algo mais, algo faltando – um vazio que eu precisava preencher”, diz Ryan Higginbotham. “Eu precisava me desafiar e fazer algo que não tinha certeza se era possível.”

TUDO QUE PUDESSEM LEVAR SOBRE UMA PRANCHA

Os gêmeos levaram mais de um ano para se preparar para partir em expedição. Começaram baixando um guia de treinamento usado no Campeonato Mundial de Paddleboard – uma corrida cansativa de 32 milhas entre as ilhas havaianas – e a partir daí reforçaram e muito – as recomendações até que correspondessem às suas ambições gigantescas.

O ano também serviu para adquirir equipamentos e preparar-se mental e fisicamente. Então em 16 de março de 2016, ainda com um pouco de ressaca por causa do Dia de São Patrício, os gêmeos e em suas pranchas de 18 pés partiram em sua jornada de 7 meses, saindo de Ketchikan, no Alasca.

Eles levaram com eles barracas, comidas, roupas e equipamentos fotográficos, tudo amarrados às suas pranchas, além de uma pilha de mapas náuticos para guiá-los. Planejaram a rota de forma que pudessem parar para comprar suprimentos em cidades ao longo da costa, passando a maior parte das noites acampados em praias ou bancos de areia.

TUBARÕES, URSOS, ONDAS OCEÂNICAS

Durante o trajeto, houve momentos de altos e baixos. Como a passagem por Columbia Bar, uma extensão de água desafiadora e perigosa que se estende pelos estados de Oregon e Washington. Muitos moradores perderam entes queridos naquelas águas e, local que afundou mais de 200 navios, ficou conhecido como o ‘Cemitério do Pacífico’.

Sem patrocinadores, sem guia e sem apoio, os gêmeos documentaram suas aventuras com uma GoPro e uma Canon 7D-Mark II, revezando-se para filmar suas façanhas. As imagens viraram o documentário “By Hand”, editado e com imagens extras de Kellen Keene.

O filme tambeem conta com a participações de 11x campeão mundial Kelly Slater, do filmmaker Keith Malloy e do waterman Jamie Michtell. E mostra desafios ao encontrar com tubarões, ursos selvagens e ondas oceânicas, entre muitos outros perrengues.

A aventura ganhou reportagem na clássica revista The Surfers Journal, e na mídia britânica Huck Magazine.

Confira as fotografias e relatos da viagem de paddletrip no instagram By Hand: @byhandproject

ABAIXO, ASSISTA O TRAILER DE “BY HAND”, FILME DE KELLEN KEENE:

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